Efeitos colaterais do ácido hialurônico

Efeitos colaterais do ácido hialurônico

O uso do ácido hialurônico como preenchedor facial é consideravelmente comum, seja para tratar as rugas ou para repor o volume perdido em algumas regiões da face e melhorar seu contorno. Entretanto, um assunto pouco tratado são os efeitos colaterais do ácido hialurônico.

Em primeira análise, isso se justifica pela pouca frequência com que acontece alguma reação (a substância é a alternativa mais segura para o preenchimento porque já é natural do organismo humano, apenas sua concentração diminui com a idade). Apesar disso, não existe um material preenchedor puro e livre de riscos, e o ácido também pode apresentar alguns efeitos adversos.

É por causa disso que o dermatologista deve avaliar cada paciente antes de recomendar e realizar o preenchimento, investigando antecedentes alérgicos e uso de medicação, e discutindo suas expectativas. Em alguns casos, no entanto, o procedimento é absolutamente contraindicado: gravidez, amamentação, doenças autoimunes e imunodepressão.

Efeitos colaterais do ácido hialurônico podem ser precoces ou tardios

Os efeitos colaterais decorrentes do uso do ácido hialurônico podem ser fruto da inexperiência do médico ao aplicá-lo, de técnica incorreta ou da ação da própria substância. São, geralmente, divididos entre precoces e tardios.

Efeitos colaterais precoces

  1. Vermelhidão e inchaço: ocorrem na maioria dos casos e imediatamente após o procedimento, pela inflamação local e pela capacidade da substância de atração de água. Podem ser amenizados com o uso de compressas de gelo por cerca de cinco a dez minutos e mantendo a cabeça elevada. O usual é que desapareçam em algumas horas ou em até dois dias.
  1. Hematoma e manchas na pele produzidas por extravasamento de sangue: são decorrentes da perfuração de pequenos vasos no local da aplicação do ácido. É preciso fazer compressão local imediata quando isso acontece. Tendem a melhorar entre cinco e dez dias, mas a recomendação para evitá-los é realizar o preenchimento em local com boa iluminação. Esses efeitos colaterais do ácido hialurônico não interferem no resultado final.
  1. Necrose: é um efeito adverso que ocorre muito raramente e causa dor, palidez e deixa a pele com um tom cinza-azulado na região afetada. Foi relatada em casos de aplicação na região nasolabial (“bigode chinês”) e entre as sobrancelhas.
  1. Infecção: também é muito rara de acontecer e é, provavelmente, decorrente da contaminação do produto ou da falta de assepsia e higienização da pele.
  1. Nódulos: manifestam-se, geralmente, a curto e médio prazo. Ocorrem, na maioria das vezes, por má técnica de aplicação ou injeção muito superficial. Podem adquirir coloração azulada. O tratamento é feito com massagem local, mas a maioria dos casos se resolve espontaneamente.

Efeitos colaterais tardios

  1. Granulomas: são muito pouco relatados. Surgem entre seis e 24 meses depois do procedimento, como nódulos palpáveis e não dolorosos, no trajeto de aplicação do ácido. Pesquisadores acreditam que essa reação aconteça pela presença de impurezas no processo de produção do ácido hialurônico, e não porque a paciente seja hipersensível à substância.
  1. Reações alérgicas: também pouco relatadas, manifestam-se entre três e sete dias depois da aplicação da substância (prazo que pode ser de até seis meses). Há inchaço, vermelhidão e congestão sanguínea no trajeto de aplicação do preenchedor.
  1. Cicatriz hipertrófica: apresenta-se nos locais onde a pele foi picada. Foi identificada em pacientes com histórico de queloide.

Em resumo, os efeitos colaterais do ácido hialurônico estão mais relacionados à falta de técnica de aplicação e à má higienização da pele. A pronta identificação de alguma complicação é fundamental para que o tratamento seja feito, quando necessário, evitando sequelas a longo prazo e aumentando a segurança da paciente. Apenas um médico dermatologista está apto a fazer essa identificação e o tratamento precoce.

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