Toxina botulínica como tratamento para hiperidrose

Toxina botulínica como tratamento para hiperidrose

O ato de suar, apesar de desconfortável, é normal e importante para o organismo, pois ajuda a regular a temperatura corporal. É por isso que suamos mais quando faz muito calor, ou durante a prática de exercícios físicos, ou, ainda, em momentos de emoções fortes, como raiva, nervosismo e medo. Entretanto, em algumas pessoas, o suor excessivo acontece mesmo sem a presença de qualquer um dos fatores acima. O nome dessa condição é hiperidrose (quando as glândulas sudoríparas são hiperfuncionantes). Existem alguns tipos de tratamento para hiperidrose, que são indicados de acordo com a avaliação de um dermatologista. A aplicação da toxina botulínica é um deles.

A doença pode ser diagnosticada ainda na infância e, geralmente, causa desconforto emocional, ansiedade e prejudica todos os aspectos da vida do paciente, desde a escolha profissional até relacionamentos e bem-estar emocional.

O funcionamento anormal das glândulas sudoríparas pode ocorrer em diferentes regiões do corpo (axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, planta dos pés e virilha) e ser causada por fatores emocionais, hereditários ou outras doenças.

O tratamento para hiperidrose com toxina botulínica é eficaz, mas temporário

A primeira providência, antes de iniciar o tratamento para hiperidrose, é consultar um dermatologista e realizar uma avaliação para obter um diagnóstico correto e a comprovação da real necessidade da aplicação de toxina botulínica no paciente. É preciso entender que o suor é importante na eliminação de toxinas e para a temperatura do corpo, e que intervenções para controle da atividade das glândulas sudoríparas são indicadas apenas quando a sudorese está acima dos níveis considerados normais, prejudicando o paciente de diversas formas, como já explicado.

O tratamento para hiperidrose com toxina botulínica é indicado em casos de ocorrência axilar, palmar e plantar (planta dos pés). A substância tem capacidade de impedir a contração muscular, pois bloqueia o envio de estímulos do sistema nervoso para as glândulas sudoríparas. Elas deixam de produzir suor quando a toxina é injetada.

A aplicação da substância é uma solução eficaz, porém temporária (assim como no caso das rugas), mas não há risco de compensação, ou seja, de o suor começar a aparecer em outra parte do corpo. Para manter os resultados, são necessárias sessões de reaplicação da toxina. O uso regular, no tratamento para hiperidrose, causa a atrofia gradual das glândulas sudoríparas. Ao se acostumarem a produzir cada vez menos suor, elas perdem, aos poucos, sua função.

A toxina botulínica também pode ser aplicada em caso de hiperidrose no couro cabeludo, nas regiões da cabeça onde há maior concentração de suor. Os resultados tampouco são definitivos, mas costumam durar mais tempo, já que trata-se de uma área com pouca movimentação muscular.

O procedimento pode ser realizado no próprio consultório médico. Não há necessidade de internação. Após dois ou três dias, a diminuição do suor começa a ser perceptível.

Alguns cuidados devem ser tomados depois do tratamento para hiperidrose com toxina botulínica: não deve-se massagear o local, praticar esportes ou deitar sobre o ponto da aplicação. O procedimento é contraindicado para mulheres grávidas ou lactantes, pessoas portadoras de doenças neuromusculares, que usem medicamentos anticoagulantes e que tenham infecções cutâneas no local da aplicação.

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