21 fev Cicatrizes de acne: como livrar-se desse incômodo
A cicatrizes de acne são um trauma de infância de muita gente. A acne ocorre quando os folículos pilosos da pele ficam obstruídos por sebo e células mortas, ficando colonizados por bactérias que geram inflamação.
As áreas mais comuns para o aparecimento da acne são o rosto, pescoço, peito, costas e ombros. Além do incômodo durante o processo inflamatório, algumas acnes, dependendo da gravidade, podem deixar cicatrizes na pele, gerando muito sofrimento emocional e baixa autoestima.
Entretanto, graças aos avanços tecnológicos e os estudos da medicina, a boa notícia é que já existem tratamentos eficazes para este mal que, quanto mais cedo tratado, menores são os riscos de cicatrizes.
Não há apenas um tipo de acne. A mais comum e, também, a mais traumática, ocorre na adolescência. Nesta fase da vida, os níveis de hormônio estão elevados, especialmente a testosterona. Eles fazem com que a pele seja estimulada a produzir mais sebo.
As glândulas sebáceas produzem sebo para lubrificar o cabelo e a pele. Quando o corpo produz excessivamente, junto com as células mortas da pele, os dois se acumulam nos folículos pilosos e criam um ambiente onde as bactérias prosperam. Dessa forma, o folículo incha e inflama, acumulando pus e formando a espinha. Quando o folículo abre e escurece, vira o cravo.
Por que se formam cicatrizes de acne?
“Não mexe na espinha para não ficar marca!”. Quem nunca ouviu essa frase? Mas você sabia que, mesmo sem encostar nela, pode ocorrer a cicatriz?
Isso acontece devido a cistos abaixo da pele que não se conectam facilmente com a superfície. Logo, a inflamação fica “presa” ali, o que faz com que o organismo envie leucócitos adicionais para a região infectada. Isso gera mais destruição e a pele tenta se regenerar desesperadamente, o que acaba formando a cicatriz.
Existem dois tipos principais de cicatrizes de acne:
- Cicatrizes Hipertróficas e Quelóides: causadas quando o corpo produz muito colágeno no processo de cura das feridas, resultando em uma “massa” de tecido levantada sobre a superfície;
- Cicatriz atrófica ou cicatrizes deprimidas: desenvolvem-se quando ocorre uma perda de tecido. Há dois tipos:
- Icepick: são cicatrizes acne pequenas, profundas e mais visíveis na pele;
- Boxcar: formam áreas fundas, geralmente com formato redondo ou oval, semelhantes às cicatrizes da varicela.
Conheça alguns tratamentos para cicatrizes de acne:
- Dermoabrasão: é indicada quando há cicatrizes profundas. O procedimento é um lixamento da pele. É necessária anestesia por se tratar de um método doloroso. Há risco de manchas posteriores, principalmente em pessoas de pele morena.
- Preenchimento cutâneo: nos casos em que, quando a pele é esticada, a cicatriz desaparece, este procedimento é o mais indicado. São injetadas substâncias debaixo da cicatriz, que elevam a superfície da pele e eliminam a marca. Os preenchimentos podem ser temporários, como o ácido hialurônico (dura cerca de 1 ano), ou definitivos, como o dimetilsiloxane.
- Excisão e sutura simples: um bisturi retira a cicatriz, sob efeito de anestesia. A cicatriz desse procedimento é mais uniforme e esteticamente melhor que a da acne.
- Laser: remove o tecido através de luz, semelhante à dermoabrasão, mas sem o uso das lixas. A profundidade do tecido extraído é controlada pelo computador, portanto, com maior precisão.
- Peelings: Para se ter bons resultados, o peeling tem que ser de maior profundidade. Os principais ácidos usados são salicílico, retinóico, glicólico e mandélico. Além de clarear manchas, o procedimento melhora a textura da pele. Porém, além do desconforto, podem acontecer efeitos colaterais.
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